terça-feira, 19 de julho de 2011

Sabe aquele mulher super equilibrada? Que nunca te cobra nada? Super segura, nada ciumenta e calma? Ela tem outro.




Ah, sejamos sinceras mulheres modernas: no fundo, no fundo, a gente quer mesmo é alguém pra dormir protegida no peito (de preferência largo, forte e levemente cabeludo).


A gente só quer ter com quem rir no final do dia e ganhar alguns beijos no lugar certo.






(Tati Bernardi)

A vida lá fora me chama

 "Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. (...)Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. (...)Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!"

quarta-feira, 13 de julho de 2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

Tentar outra vez o mesmo amor

Você viveu um grande amor que terminou meses atrás. Está só. Nada
nesta mão, nada na outra. A sexta-feira vai terminando e, enquanto
seus colegas de trabalho aquecem as turbinas para o fim-de-semana,
você procura no jornal algum filme que ainda não tenha visto na tevê.
Ao descobrir que vai passar Kramer vs. Kramer de novo, não resiste e
cai em tentação: liga para o ex.
 
Tentar outra vez o mesmo amor. Quem já não caiu nesta armadilha? Se
ele também estiver sozinho, é sopa no mel. Os dois já se conhecem de
trás para frente. Não precisam perguntar o signo: podem pular esta
parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato preferido de cada
um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, está tudo como era antes,
é só prorrogar a vigência do contrato. Tanto um como o outro sabem de
cor o seu papel.
 
Porém, apesar de toda boa intenção, nenhum dos dois consegue
disfarçar o cheirinho de comida requentada que fica no ar. O motivo
que levou à separação continua por ali, escondido atrás do sofá, e
qualquer hora aparece para um drinque. O fim de um romance quase
nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mão
do amado porque alguém a está chantageando ou porque descobriu que
ele é, na verdade, seu irmão gêmeo. No último capítulo tudo se
esclarece e a paixão segue sem cicatrizes. Já rompimentos causados
por incompatibilidades reais não são assim tão fáceis de serem
contornados.
 
Toda reconciliação é precedida por uma etapa onde o casal, cada um no
seu canto, faz idealizações. As frases que não foram ditas começam a
ser decoradas. As mancadas não serão repetidas. As discussões serão
evitadas. Na nossa cabeça, tudo vai dar certo: o roteiro do romance
foi reescrito e os defeitos foram retirados do script, ficando só as
partes boas. Mas na hora de encenar, cadê o diretor? À sós no palco,
constatamos que somos os mesmos de antigamente, em plena recaída.
 
Se alguém termina um namoro ou casamento, passa um tempo sozinho e
depois resolve voltar só por falta de opção, está procurando sarna
para se coçar. Até existe a possibilidade de dar certo, mas a
sensação é parecida com a de rever um filme. Numa segunda apreciação,
pode-se descobrir coisas que não haviam sido notadas na primeira vez,
já que não há tanta ansiedade. Mas também não há impactos, surpresas,
revelações. Ficamos preparados tanto para as alegrias como para os
sustos e, cá entre entre nós, isso não mantém o brilho do olho.
 
Se já não há mais esperança para o relacionamento e tendo doído tanto
a primeira separação, não há por que batalhar por uma sobrevida deste
amor, correndo o risco de ganhar de brinde uma sobrevida para a dor
também. É melhor aproveitar esta solidão indesejada para namorar um
pouco a si mesmo e ir se preparando para o amor que vem. Evite a
marcha a ré. Engate uma primeira nesse coração.

Martha Medeiros