terça-feira, 29 de junho de 2010

Um tempo que passou ja fazem luas...

                                                                                 

 

  As retinas que se agrandam no horizonte
Num aceno sem querer olhar pra trás...
Ficou um velho tempo me mirando na cancela, e
 enquanto observava, viu, com seus olhos de confiança e satisfeita que suas palavras de saber nao foram em vao...
E hoje volto, repisando o meu rastro
Cheiro de pasto, mesma cancela...Pra nunca mais...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Seu Lopes...

Chega um dia que temos que reconhecer que não existe coisa pior do que correr o risco de não ter dito, de não ter deixado uma pessoa saber o quando a admiramos, o quando essa pessoa é importante, e o quando ela nos faria falta. E deixamos de falar do orgulho que nos causa, e as tantas coisas que tiramos de exemplo para ter uma vida melhor, mais feliz.
Existem muitas outras coisas a serem ditas, essas tio Aneci, te direi pessoalmente, naquele churrasco com toda família reunida, por que a gente sabe que depois da tempestade vem a bonança, e que para Deus não existe impossível

quinta-feira, 17 de junho de 2010

No mais não mudei


Eu sou guria do campo na cidade
Com a mesma liberdade das distâncias...
Apenas o meu verso é que mudou
De doce se amargou
Chorou infância...

No mais eu não mudei
Ainda canto milongas no violão, que é mais um vício
E busco na janela a inspiração
Falando de um galpão neste edifício...

Eu quero manter vivo o que sorri
No tempo que eu nem vinha na cidade...
E agora, que ironia, eu sou saudade...
Querendo achar o tempo que perdi!!!

Cristiano Quevedo adaptada

Sei lá a vida tem sempre razäo...

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação


Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, Sei lá
A vida tem sempre razão


A gente nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não


Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

Vinicius de Morais

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sinto falta da bonança do meu sorriso criança

Perdido procuro os campos e poente multicor
Já não vejo pirilampos alumiando corredor
Sinto falta da bonança do meu sorriso criança
Resquícios de brisa mansa as laranjeiras em flor

Nessa lembrança vem saudade da distância
A minha infância se bandeou pra o lado oposto
Vai derramando a pipa d'água de meus olhos
Deixando trilhas pelas rugas do meu rosto

Cadê a tropa de mentira que jamais teve refugo
O meu lacinho de imbira boleadeiras de sabugo
A tropilha malacara se perdeu numa coivara
E meu potro de taquara me fugiu com laço e tudo
Perdi o caniço franzino nas águas turvas do açude
Rolou meu sonho menino que nem bolita de gude
Sumiu a estampa fagueira qual pandorga caborteira
Numa tarde domingueira campeando minha juventude

Com seu bodoque certeiro pacholice de piá
O mundo mal atraiçoeiro me abateu como a um sabiá
Nos alambrados da vida campeio a infância perdida
Que as arapucas bandidas deixaram ao Deus dará...

Lá eu tinha tudo...

Agora eu sei que tinha um céu aberto
E que no pátio era mais liberto
Pois era livre por saber sonhar
(Lambari)