terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A vida em um flash

" o ano passado passou tao apressado/eu sei que foi um corre-corre-corre danado.... E pensar que Rita Lee gravou esta música, Corre-Corre, há 30 anos, quando nem corríamos tanto assim. Ou será que esta impressão de vivermos com pressa vem desde sempre?

Tudo do que reclamamos hoje já foi reclamado um século atrás, e não duvido que daqui a cem anos as pessoas digam: “No início dos anos 2000 a vida era tranquila, não havia esta urgência de hoje”.

Eu não sei quais serão as urgências futuras, mas conheço bem as nossas. Temos relógios digitais espalhados pela cidade nos lembrando que faltam 10 minutos para a reunião começar, sete minutos para o banco fechar, dois minutos para a aula do seu caçula terminar: o que você ainda faz aí, no meio da rua? Corra.

Se não são os relógios, são os espelhos. Impiedosos, avisam: você não tem mais 15 anos. Nem 20. Nem 30. Se quiser ter um filho, apresse-se. Não importa que ainda não tenha encontrado um amor estável, arranje qualquer pessoa, mas, simplesmente, apresse-se.

E o espelho segue avisando: você não tem mais 35. Nem 40. Nem 45. O futuro está encolhendo a sua frente. O que está fazendo aí parado no mesmo casamento, parado no mesmo emprego, parado em frente à tevê? Reparou como todo mundo se diverte lá fora? Não sabe que vai morrer um dia?

Sim, sabemos que não somos eternos. Os telejornais não fazem outra coisa a não ser nos lembrar disso, mostrando cenas sortidas de violência e cultivando nosso medo dia após dia. Ou então são os manuais de autoajuda e matérias de revistas que ordenam: aproveite o momento, aproveite a vida! E aproveitar a vida passou a ser sinônimo de algo que tem que ser feito emergencialmente, ou você estará jogando a vida fora.

Calma.

Nem sempre é rentável esta economia de tempo: chegar mais rápido, fazer mais rápido, consumir mais rápido. O que sobra em nossas mãos? Coisa nenhuma. Nem mesmo a lembrança do que foi realizado, só uma vaga sensação do dever cumprido, como se fôssemos soldados a serviço do calendário.

O que valoriza nossas ações não é a ansiedade: é a entrega. E entrega requer um certo relaxamento. Tempo para falar, para ouvir, para fazer, para desfazer, e fazer de novo, até acertar. Tempo para si, para o outro e para o nada.

Fazer nada virou a tarefa mais angustiante para o ser humano esquizofrênico de hoje. Não é à toa que há um bom número de pessoas que prefere não tirar férias: como preencher um dia livre? Nesta cultura atual do “não desperdício”, pobre daquele que deitar o corpo no sofá, colocar uma música para tocar e desligar o telefone. Terá que se entender com a culpa.

Dedicação, cuidado, foco, tudo isso demanda uma certa introspecção. Um pouco de resguardo. Conectar-se com os próprios pensamentos e emoções é exercício dos mais produtivos. É quando a gente, em silêncio, encontra as respostas para nossas inquietações e descobre os melhores caminhos para atingir nossos objetivos.

Pressa exige atenção para o lado de fora, apenas. E o lado de dentro? Neste corre-corre danado, talvez o que mais estejamos fazendo é justamente perder tempo!!


Martha Medeiros

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um baita 2011

Tchê,
numa dessas
tardes em que
o sol tava se indo
embora, e eu no meu
matear solito, comecei a pensar.
Estamos botando mais uma marca
na existência da vida. Então decidi que
deveria mandar uma tropilha de palavras
pra ti, assim, poderia dividir com meus amigos,
esses devaneios de saudades desse tempo que já se
foi, pois já estamos no fim dessa etapa chamada de 2010.
Nisso me lembrei dessa tal de INTERNETCHE, achei que
seria fácil, era só camperiar por alguns SITES e já de pronto
acharia o que estava por campear. Me deparei com muita coisa da
buena, mas nada daquilo que eu queria te dizer, pois descobri que não
havia ali as palavras puras que minha xucra alma sente para falar contigo. 
Por isso vivente te digo, com esse meu jeitão rude, que fiz tudo que pude.
Pra te dizer o que minha alma sente,  queria ter te encontrado todos os dias,
ter te dito, buenos dias, buenas tarde, buenas noite e tudo mais, mas, talvez
nos vimos tão depressa, no  afazer das nossas tarefas, que nem isso aconteceu,
pois o ano recém nasceu, e já está para acabar.  Mas peço ao Tropeiro do Universo, sim,
Ele que tudo pode, que nos traga sentimentos nobres, de amor e amizade. Que tenhas lembranças boas, por tudo que te aconteceu. Que o Menino que nesta data nasceu, nos ilumine todos os dias. Que renasça a alegria, para quem à perdeu. Que se a caso não te aconteceu, tudo aquilo que queria. Que não percas a alegria, o entusiasmo e a coragem, a vida é uma viagem, mas é nós que escolhemos
o caminho,
espere mais
um pouquinho,
e tudo vai
acontecer.
Um novo ano
vai nascer,
deposite
nele tua
esperança,
quem espera
sempre alcança,
diz o velho ditado.

Então, te desejo parceiro amigo, junto com tua gente,  um Novo Ano maravilhoso,  de conquistas, alegrias, saúde, muiiiiiita saúde, paz e realizações. 
Mas para que tudo aconteça, antes, se agarre na proteção do céu, agradecendo ao Pai Soberano,
pois assim a cada ano, será feliz o teu viver, e em cada amanhecer,
Será como um NOVO ANO !
Um baita 2011!!!

A FITA MÉTRICA DO AMOR

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
Martha Medeiros

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Traiçao e semântica

Quando alguém diz, por exemplo, "João traiu Renata", a primeira coisa que me vem à cabeça é que João espalhou um segredo cabeludo que Renata havia lhe confiado, ou então que João entregou Renata para a polícia, ou ainda que João fugiu com todo o dinheiro que Renata havia economizado, que crápula. Nunca penso que João transou com outra mulher.
Trair pressupõe que algo foi feito contra alguém. E sexo não é algo que seja feito contra uma terceira pessoa. Sexo é sempre a favor, sempre pró, e sempre egoísta " não diz respeito a quem ficou do lado de fora do quarto. Faz-se sexo para dar e receber prazer, e não para prejudicar quem quer que seja. Traição é uma palavra dura demais para ser usada como sinônimo de infidelidade e adultério.
A palavra adultério é até romântica, remete à encontros clandestinos, beijos roubados, vidas secretas, roteiros de cinema, letras de samba. O adúltero " apesar de ter que carregar este palavrão nas costas " é na verdade um alegre.
Infidelidade já é uma palavra mais burocrática, boa para ser usada em tribunais, alegar quebra de contrato. É palavra comprida e possui um certo status, parece coisa de estelionatário graúdo, gente com conta em paraíso fiscal .Pensando bem, conta em paraíso fiscal é uma metáfora que se aplica perfeitamente a romances paralelos. Mas estelionato é crime, e infidelidade não é. O infiel é um inofensivo, vende fácil seus carros usados.
Os infiéis não metem medo, os adúlteros possuem um charme boêmio, então, na falta de uma palavra mais intimidante, apela-se para "traidores", a fim de arrancar deles alguma culpa, remorso, vergonha. Mas que ninguém se engane: a palavra traição está combinando cada vez menos com a realidade sexual vigente. Ninguém está batendo palmas aqui para a poligamia. Estou apenas refletindo sobre a adequação e a inadequação de certos vocábulos. Traição? Convém enfrentar os revezes amorosos sem mexicanizar demais a cena.

No início de todo romance, homens e mulheres se satisfazem plenamente um com o outro, mas com o passar do tempo a relação passa a satisfazer apenas parcialmente, e parcialmente pode ser mais que suficiente quando inclui amizade, cumplicidade, diversão, leveza. Porém, a parte que começa a faltar "a sedução " deixa o campo aberto para novas experiências, que podem acontecer ou não. Nada disso tem a ver com desamor. Pode-se amar alguém e sucumbir a uma aventura. Não estou dizendo nenhuma novidade, estou? Há algum inocente no recinto?
Toda traição pega você desprevenido. A infidelidade, ao contrário, é sempre uma possibilidade, mesmo quando parece improvável. E não, não há nenhum inocente no recinto.

Martha Medeiros

Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida.

Quem é você? Do que gosta? Em que acredita? O que deseja? Dia e noite somos questionados, e as respostas costumam ser inteligentes, espirituosas e decentes. Tudo para causar a melhor impressão aos nossos inquisidores. Ora, quem sou eu. Sou do bem, sou honesto, sou perseverante, sou bem-humorado, sou aberto - não costumamos economizar atributos quando se trata da nossa própria descrição. Do que gostamos? De coisas belas. No que acreditamos? Em dias melhores. O que desejamos? A paz universal.

Enquanto isso, o demônio dentro de nós revira o estômago e faz cara de nojo. É muita santidade para um pobre-diabo, ninguém é tão imaculado assim.

A despeito do nosso inegável talento como divulgadores de nós mesmos e da nossa falta de modéstia ao descrever nosso perfil no Orkut, a verdade é que o que dizemos não tem tanta importância. Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida. Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. O que você diz - com todo o respeito - é apenas o que você diz.

Entre a data do nosso nascimento e a desconhecida data da nossa morte, acreditamos ainda estar no meio do percurso, então seguimos nos anunciando como bons partidos, incrementamos nossas façanhas, abusamos da retórica como se ela fosse uma espécie de photoshop que pudesse sumir com nossos defeitos. Mas é na reta final que nosso passado nos calará e responderá por nós.

Quantos amigos você manteve.

Em que consiste sua trajetória amorosa.

Como educou seus filhos.

Quanto houve de alegria no seu cotidiano.

Qual o grau de intimidade e confiança que preservou com seus pais.

Se ficou devendo dinheiro.

Como lidou com tentativas de corrupção.

Em que circunstâncias mentiu.

Como tratou empregados, balconistas, porteiros, garçons.

Que impressão causou nos outros - não naqueles que o conheceram por cinco dias, mas com quem conviveu por 20 anos ou mais.

Quantas pessoas magoou na vida. Quantas vezes pediu perdão.

Quem vai sentir sua falta. Pra valer, vamos lá.

Podemos maquiar algumas respostas ou podemos silenciar sobre o que não queremos que venha à tona. Inútil. A soma dos nossos dias assinará este inventário. Fará um levantamento honesto. Cazuza já nos cutucava: suas idéias correspondem aos fatos? De novo: o que a gente diz é apenas o que a gente diz. Lá no finalzinho, a vida que construímos é que se revelará o mais eficiente detector de nossas mentiras.

Martha Medeiros

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Amor-sonrisal.

O amor é uma coisa hilária. Ou trágica. Aliás, que porra é essa - o amor - que todo mundo fala, apregoa, banaliza e desperdiça o tempo inteiro? Hoje ela me ama. Amanhã não me ama mais. Depois de amanhã me odeia. Que putaria é essa?
Como fonte de minha idignação da vez, usei orkuts, blogs e fotologs. O uso esculhambativo do verbo amar está cada vez mais evidente. É mais desperdiçado que água em banho de mulher. É declaração de amor pra amigos, parentes, paixões, animais, fins de semana, fodas, festas e viagens. E agora? Da próxima vez que eu ouvir "eu te amo", vou dar que importância? A volatilidade desse tal amor me faz acreditar que isso aí é só uma palavrinha para que músicas sertanejas continuem a serem compostas. A mulherada de hoje vomita um "eu te amo" pra um cara que mal conhece, que mal convive. Será isso uma satisfação, uma desculpa para si mesma pelo fato de ter-lhe aberto as pernas? Como diria o segundo bêbado mais famoso da Internet, Leonaldo: SÓ PODE!
(Pra quem não conhece: http://www.youtube.com/watch?v=wrIi0_n4ZNs).
Sou sincero em falar: estou cético. Você já viu a rapidez que essas meninas colocam "o amor de minha vida", "meu amor" ou simplesmente "mô" nas legendas de fotos com seus respectivos machos? O INTERESSANTÍSSIMO é que tem álbum em que as legendas não mudam, só a foto do sujeito mesmo. Já vi mulher com uns três "mô" diferentes só esse ano. Sem contar o status do perfil: "casado"! Mesmo que esteja só ficando - ou dando umazinha. E quando casar, vai colocar o quê? "Casado DE VERDADE!"?. (Vou sugerir ao Orkut). Acho que as mulheres estão se confundindo com gatas (o animal mesmo), que dizem ter sete vidas. Afinal, é tanto "o homem da vida" que HAJA VIDA pra tanto macho. É bom demais!
Não se deve ignorar também as declarações via depoimento. Como se ama, esse povo! Ou seria pobreza de vocabulário mesmo, pra descrever outro qualquer sentimento, se não amor? O pior é que, quando ouvimos um repentino "eu te amo" com 2 meses de relacionamento, se não quisermos perder a namorada, temos que retribuir com, no mínimo, um "eu também". Calma, mulher! Amor né só assim não! Eu sei que eu sou um cara massa, que gosta de você e te trata bem, mas vá devagar! Vamos nos conhecer! Deixa a convivência mostrar se é amor mesmo!
Diga que adora, que admira, que respeita, que sente saudade, que gosta muito, que IDOLATRA. Mas ainda não existe verbo mais poderoso que "amar". Saiba como usar, e com quem usar. Uma vez dita a uma pessoa carente, isso vai mexer com a vida dela. Ela acreditará, se entregará. E se de repente esse seu amor-sonrisal acabar? Vai acabar com vida da outra pessoa junto. Amor, antes de tudo, é RESPONSABILIDADE. Se você ama de forma altruísta, a outra pessoa não precisa saber. Apenas ame. E diga só quando chegar a hora certa.

Gerson Hollanda

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Imundicia amada

Hoje parei pra pensar nos rumos que a vida da gente toma, chega a ser engraçado o quanto eu tenho me preocupado em dizer as pessoas importantes, o quanto sao importantes. a verdade é que, se depois de tantos anos a coisa prevalece é por que é forte e é sincera. como diz aquele ditado " quem é de verdade, sabe quem é de mentira". Por mais que a vida esteja corrida, de vez enquando eu paro e penso, lembro que tem alguém que posso contar desde 2008, e que apesar de algumas diferenças, é das amigas mais verdadeiras que ja encontrei em vinte anos.

E a gente se encontra e parece que foi ontem que a gente ria de tudo e queria da-lhe pau em todo mundo que nos encomodava.

Toda essa enrolaçao é só pra te agradecer pelo "sempre" pelo "tudo" pelo " a qualquer hora que seja necessario".

domingo, 8 de agosto de 2010

Mais que pai e avô

os teus conselhos que forjaram homens
que prendaram moças pela vida afora
Indicando rumos, demarcando trilhas
E abençoando aqueles, que se vão embora...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eu sei...

Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.

As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.

Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colassanti

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Imperdivel

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade.
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários da bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa..
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos, mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense!

O famoso jeitinho brasileiro.
Em minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro!?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:


O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?



Arnaldo Jabour

domingo, 18 de julho de 2010

Escuta guria teu bisavô


No colo manso do Avô
Ouvia com atenção
Histórias de campereadas
Causos de revolução
De bailantas e rodeios
E sua grande paixão
Que era escutar o floreio
De uma gaita de botão

Um dia disse baixinho
Toma essa gaita guria
Quando o Vô tiver velinho
Tu canta pra ele dormir
Fechou os olhos sorrindo
Para em seus sonhos levar
A lembrança da gaitinha
Que eu aprendi a tocar




Composição: túlio urach adaptada por Emanuele

Quem chora pra Deus tem resposta!


Quem vê o crente sorrindo
De repente pode até pensar
Que o crente 24 horas
Vive sem motivos pra chorar
Mas há uma diferença
Quando o crente enfrenta os problemas seus
É que o crente não chora pro mundo ouvir
Ele chora pra Deus.

Seu pranto no céu é ouvido
E Deus se põe a responder
E mesmo que seja um gemido
Deus sabe qualquer gemido entender
E logo o Espírito Santo
Faz no coração consolo sentir
Por isso é que o crente só chora
Pra Deus ouvir.

Quem chora pra Deus, tem resposta
Porque Deus não suporta
Ver a lágrima de um crente e não agir
O céu se comove na hora
E vem a vitória
E não há no mundo quem possa impedir
Uma lágrima pra Deus é uma frase
Que só Deus tem o poder de interpretar
E o crente chora pra Ele porque sabe
Que Ele é o único que pode consolar

( Elaine de Jesus)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

QUANTO MAIS GENTE EU CONHEÇO

Prefiro quem nega estribo
a quem finge a mansidão;
amigo não dá recibo,
mas guarda no coração...
Quem é bom eu reconheço
não é fácil encontrá-lo...
Quanto mais gente eu conheço,
mais me apego ao meu cavalo!

Há quem se vende por ouro,
por posição ou vintém,
aceita marcas no couro
e não releva ninguém...
Pois quando um homem tem preço
é somente alguém pagá-lo!
Quanto mais gente eu conheço,
mais me apego ao meu cavalo!

Tem muito dissimulado
que adula gente graúda,
desfaz em quem é "pelado",
trai o irmão, igual ao Judas,
age pensando ao avesso,
bate o sino sem badalo...
Quanto mais gente eu conheço,
mais me apego ao meu cavalo!

Quem fala da vida alheia,
do próprio "rabo" se esquece;
vive fazendo peleia,
magoa quem não merece...
Tudo tem o seu começo,
nada surge de regalo!
Quanto mais gente eu conheço,
mais me apego ao meu cavalo!

Quem não me entende direito
se espanta e diz que eu sou rude;
tentei domar o meu jeito,
só que, até hoje, não pude!
Quem me ajuda eu não esqueço...
Quem me ataca leva um pialo...
Quanto mais gente eu conheço,
mais me apego ao meu cavalo!
(Rodrigo Bauer)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A NOSSA REALIDADE

"Brasil ficou entre 8 melhores do mundo no futebol e ficou triste.
Mas é o 85º em educação e não há tristeza."
(Senador Cristovam Buarque)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Um tempo que passou ja fazem luas...

                                                                                 

 

  As retinas que se agrandam no horizonte
Num aceno sem querer olhar pra trás...
Ficou um velho tempo me mirando na cancela, e
 enquanto observava, viu, com seus olhos de confiança e satisfeita que suas palavras de saber nao foram em vao...
E hoje volto, repisando o meu rastro
Cheiro de pasto, mesma cancela...Pra nunca mais...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Seu Lopes...

Chega um dia que temos que reconhecer que não existe coisa pior do que correr o risco de não ter dito, de não ter deixado uma pessoa saber o quando a admiramos, o quando essa pessoa é importante, e o quando ela nos faria falta. E deixamos de falar do orgulho que nos causa, e as tantas coisas que tiramos de exemplo para ter uma vida melhor, mais feliz.
Existem muitas outras coisas a serem ditas, essas tio Aneci, te direi pessoalmente, naquele churrasco com toda família reunida, por que a gente sabe que depois da tempestade vem a bonança, e que para Deus não existe impossível

quinta-feira, 17 de junho de 2010

No mais não mudei


Eu sou guria do campo na cidade
Com a mesma liberdade das distâncias...
Apenas o meu verso é que mudou
De doce se amargou
Chorou infância...

No mais eu não mudei
Ainda canto milongas no violão, que é mais um vício
E busco na janela a inspiração
Falando de um galpão neste edifício...

Eu quero manter vivo o que sorri
No tempo que eu nem vinha na cidade...
E agora, que ironia, eu sou saudade...
Querendo achar o tempo que perdi!!!

Cristiano Quevedo adaptada

Sei lá a vida tem sempre razäo...

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação


Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, Sei lá
A vida tem sempre razão


A gente nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não


Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

Vinicius de Morais

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sinto falta da bonança do meu sorriso criança

Perdido procuro os campos e poente multicor
Já não vejo pirilampos alumiando corredor
Sinto falta da bonança do meu sorriso criança
Resquícios de brisa mansa as laranjeiras em flor

Nessa lembrança vem saudade da distância
A minha infância se bandeou pra o lado oposto
Vai derramando a pipa d'água de meus olhos
Deixando trilhas pelas rugas do meu rosto

Cadê a tropa de mentira que jamais teve refugo
O meu lacinho de imbira boleadeiras de sabugo
A tropilha malacara se perdeu numa coivara
E meu potro de taquara me fugiu com laço e tudo
Perdi o caniço franzino nas águas turvas do açude
Rolou meu sonho menino que nem bolita de gude
Sumiu a estampa fagueira qual pandorga caborteira
Numa tarde domingueira campeando minha juventude

Com seu bodoque certeiro pacholice de piá
O mundo mal atraiçoeiro me abateu como a um sabiá
Nos alambrados da vida campeio a infância perdida
Que as arapucas bandidas deixaram ao Deus dará...

Lá eu tinha tudo...

Agora eu sei que tinha um céu aberto
E que no pátio era mais liberto
Pois era livre por saber sonhar
(Lambari)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Borrachos, será?

Os anos passam a idade vai pegando e os problemas de saúde vão se apresentando. A pressão se vai e o medo de um ataque "cardiaco" é evidente, sendo assim essas duas criaturas ai, tem o habito de verificar a pressão, foram estes dois ao pronto socorro de Caçapava do Sul,  imagine a cena, os dois ai do lado, o pai na sua tiragem bombacha velha, remendada, camiseta branca podre de barro e uma camisa desbotada, aberta meio suja, a moça verifica a pressão deles e sem novidades estava alterada, alias bem alterada, a moça olha, análisa e pergunta: - O que vocês estavam fazendo, tavam tomando cachaça?
Até no pronto socorro eles tem história!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Imenso Orgulho...

"Nas manhãs de primavera
Quando vou para rodeio,
Sou menino de alma leve
Voando sobre o pelego."

Pai...

Pelas tantas vezes que fez as minhas vontades quando não queria ficar na aula para ir pra fora contigo,
pelas tantas coisas que me ensinaste
pelas histórias que me contou
pelos valores que me mostrou
por tantas coisas que não cabem aqui
pelo orgulho que tenho em ser tua filha...

e que digam quando eu passe saiu igualzita ao pai...

Vô Heroi

Os olhos cansados do velho tropeiro
O rosto enrugado que a vida lhe fez
As mãos calejadas relembra o aramado
Das tropas de gado, só sobrou uma rês.

Arreios sovados, guardados com zelo
Relembra dos pêlos que tanto montou
Pra o velho tropeiro só resta lembrança
Dos berros de boi que o destino levou

A idade avançada já quase no fim
Relembra em mim seus tempos de piá
Quando ouvia o berrante que seu pai tocava
Pra abrir a porteira pra boiada passar

Mateando solito ao redor do braseiro
O velho tropeiro reconhece seu fim
De repente seu neto lhe faz um pedido
Me deixe o berrante de herança pra mim

Depende do referêncial...

Pink e cérebro, ou cérebro e pink, tudo depende do referêncial.
Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito...
Sem maiores comentários...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Depilação...

Na teoria da evolução, Darwin disse que o homem e o macaco possuem um ancestral comum. Há muitos anos atrás, este animal (que era uma espécie intermediária) por pressões do meio e isolamento geográfico seguiu duas linhas evolutivas diferentes: Uma veio dar origem a espécie humana e a outra deu origem aos macacos.

O problema é que nossos ancestrais nos deixaram de herança os pêlos. E esses pêlos, que não servem para nada, devem ser retirados periodicamente para que fiquemos com um aspecto limpo.

Os homens não precisam necessariamente passar por essa tortura. Mas a grande maioria enfrenta problemas com os pêlos da face. Com barba ou sem barba? Tem uns que odeiam barba, mas odeiam também fazê-la. E aí complica. Lá ficam eles com cara de "desempregado deprimido" com a barba por fazer.

E as mulheres? Que enfrentam numa só sessão de depilação, buço, axilas, tanga e pernas? É pra matar! A gente lá decidida a acabar com aqueles malditos pelinhos horrorosos e xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii (faz de conta que é o barulhinho da cera arrancando tudo) e você perde o buço. Dá vontade de mandar a depiladora pra P.Q.P..

Então você tira a blusa e entrega sua axila pra ela passar a cera e você lá, conversando numa boa quando de repente xxxxxxxxiiiiiiillllliiiii, lá se foram os pelinhos da axila. Nessa hora você pensa em desistir e dizer:- vou lançar uma nova moda: Sovaco com pelinho, outro sem. Resolvendo agüentar, respira fundo e entrega com dó o outro sovaquinho. xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii e xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii e termina a tortura. Ainda bem que fica quase nada com o passar do tempo quando se utiliza cera com frequência.

Mas o pior está por vir. A tanga. É indescritível a dor, mas vou tentar descrevê-la. Você abre as pernas e a vivente passa a cera quente na área a ser "desmatada". É ali, naquele momento que se pensa em dizer: ok, ok, ok, eu desisti e vou pra casa tirar tudo isso com água quente. Tudo de bom pra senhora e até nunca mais!

Não adianta! A vaidade fala mais alto e você lembra que seu amor vai olhar para o Parque de Diversões e não vai saber onde fica o acesso para chegar "aos brinquedos". Então, lá vamos nós. Damos a ordem: taca-lhe ficha! e xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii ,você começa a suar, mas vê que dá para sobreviver. xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii vem o pensamento: vai pra P.Q.P. depiladora fiadap... xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii vou morrer, xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii porque homem não precisa passar por isso? xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii aí também não!!! peraí, xxxxxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii você já tá exagerando xxxxxxxxiiiiiiillllliiiiiiiii aaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiii pôrr...!!!!!

E então você dá uma olhadinha para ver se enfim terminou a tortura e constata que ficou um amor. Ai que bom! Terminou! Da próxima vez vou tentar fazer um coraçãozinho nos pêlos pubianos... Tchauzinho! Até a próxima!

Você vai embora aliviada e feliz, sentindo-se limpinha e pronta para mostrar que o Parque de Diversões passou por manutenções e está lindinho para ser visitado. Então você finge que não lembra que dali 15 dias tudo vai se repetir e assim será para o resto da vida. Ou pelo menos enquanto o Parque estiver funcionando.

Cadê o macaco que começou tudo isso que eu vou terminar de matar ele!
Por Renata Miranda

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Genética forte!

Vó Maria, com seu bigode feito com "tisna" do fogão à lenha...

Vô Juvêncio Pai dançando pirigueti, efeito 50 anos

Até a Maria....

Filha nós vamos em uma loja tá... eba mamãe.... tralalala... e como de prache as moças da loja dizem, que linda que tu é... pronto! a duda começo a solta o verbo, ai as moças diziam como tu é falante, e ela tralalalalalala... na hora de ir embora, tchau duda... duda diz tchau, ela me olha bem no grão do olho, aperta o nariz pra fala fino que nem piu de pinto, e diz assim pra toda loja ouvi: MILHO...
diz milho também mamãe que é muito engraçado hahaha...
créditos a Fernanda, que invento a história do milho!



quarta-feira, 14 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

????

"Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha, Quantos você desistiu de sonhar!?
Quantos amores jurados pra sempre; Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava; Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava? Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?"

quinta-feira, 8 de abril de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Deus das Coisas Pequenas

"Me sinto uma fracassada".

Não é uma frase fácil de se ouvir de alguém. Soa até mesmo incompreensível quando se trata de uma mulher linda, rica, que mora num sobrado deslumbrante, passa uma parte do ano no Brasil e a outra em Nova York, é casada com um homem igualmente lindo e apaixonado por ela, tem dois filhos que são uns doces, é uma profissional bem sucedida e já deu a volta ao mundo uma meia-dúzia de vezes. O que é que falta? "Um projeto de vida", responde ela.

Existe uma insaciedade preocupante nessa mulher e em diversas outras mulheres e homens que conquistaram o que tanto se deseja, e que ainda assim não conseguem preencher o seu vazio. Um projeto de vida, o que vem a ser? No caso de quem tem tudo, pode ser escrever um livro, adotar uma criança, engajar-se numa causa social, abrir um negócio próprio, enfim, algo grandioso quando já se tem tudo de grande: amor, saúde, dinheiro e realização profissional. Mas creio que esse projeto de vida que falta a tantas pessoas consiste justamente no que é considerado pequeno e, por ser pequeno, novo para quem não está acostumado a se deslumbrar com o que se convencionou chamar de "menor".

Onde é que se encontra o sublime? Perto. Ao regar as plantas do jardim. Ao escolher os objetos da casa conforme a lembrança de um momento especial que cada um deles traz consigo. Lendo um livro. Dando uma caminhada junto ao mar, numa praça, num campo aberto, onde houver natureza. Selecionando uma foto para colocar no porta-retrato. Escolhendo um vestido para sair e almoçar com uma amiga. Acendendo uma vela ou um incenso. Saboreando um beijo. Encantando-se com o que é belo. Reverenciando o sol da manhã depois de uma noite de chuva. Aceitando que a valorização do banal é a única atitude que nos salva da frustração. Quando já não sentimos prazer com certas trivialidades, quando passamos a ter gente demais fazendo as tarefas cotidianas por nós, quando trocamos o "ser feliz" pelo "parecer feliz", nossas necessidades tornam-se absurdas e nada que viermos a conquistar vai ser suficiente, pois teremos perdido a noção do que a palavra suficiente significa.

Sei que tudo isso parece fácil e que não é. Algumas pessoas não conseguem desenvolver essa satisfação interna que faz com que nos sintamos vitoriosos simplesmente por estarmos em paz com a vida, mesmo possuindo problemas, mesmo tendo questões sérias a resolver no dia-a-dia. É inevitável que se pense que a saída está na religião, mas dedicar-se a uma doutrina, seja qual for, pode ser apenas fuga e desenvolver a alienação. Mais do que rezar para um Deus profético e soberano, acredito que o que nos sustenta passa sim, por uma espiritualidade, porém menos dogmática. É o cultivo de um espírito de gratidão, sem penitências, culpas e outras tranqueiras. Gratidão por estarmos aqui e por termos uma alma capaz de detectar o sublime no essencial, fazendo com que todo o supérfluo, que não é errado desejar e obter, torne-se apenas uma consequência agradável desse nosso olhar íntimo e amoroso a tudo o que nos cerca.


Martha Medeiros

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um dia a gente cria juizo...

Pudim....por Marta Medeiros.

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente
um pedacinho minúscula do meu pudim preferido.
Uma só.

Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um pudim bem cremoso
e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser,
sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá,
mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',

tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça,
enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua,
o compasso,
a bússola,
a balança
e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar
vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados,
a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . .

terça-feira, 23 de março de 2010

Não gineteia velhices quem nasceu para ser guri...


Vô Juvêncio...
Embora o corpo judiado pela impiedade dos anos, sob o chapeú a melena e semblante de veterano, mas tem a alma potranca a escramuçar vida fora,
risca paleta do destino com destreza nas esporas.
Sabedoria de homem feito, inquietude de menino, mescla certezas esperanças sem nunca perder o tino, com cismas de payador faz dos versos oferenda e os entrega ao Rio Grande como se fosse encomenda...
O tempo passa e não volta qual o gado pra charqueada, assim só olha pra trás quem na vida não foi nada, anda pexando a idade estribado no que há em si, não gineteia velhices quem nasceu para ser guri!

( Julio Saldanha)


sexta-feira, 19 de março de 2010

Olhando aqui pro lado...




Descobri que já tenho tudo que me faz feliz:
minha família que é minha bússola, minha filha que me ensina a cada dia o quanto é bom ser criança e que não existe amor maior, meus amigos, que são meu termômetro e são os melhores amigos que eu poderia ter, o meu amor que me faz feliz e tem de mim o que é de mais puro, e meu jeito infinitamente particular, com o qual conquistei tudo que tenho hoje: minhas músicas, minhas festas, as pessoas que atraí para perto de mim, as horas e horas de conversas, os eternos segundos de silêncio que são sim necessários.
Eu me respeito, e já nem caibo mais dentro de mim, como digo eu vivo nos extremos não caibo no estreito.
Agradeço todos os dias por todas as pessoas que cruzam na minha vida, pois cada uma é única, e por mais que só passem pela vida da gente sempre deixam algo, um sorriso, uma lição...
Não busco nada de exagerado. Aliás, detesto essa palavra. Do contrário quero a paz, família e os amigos reunidos, o amor do lado, uma boa música, o conhecimento e a natureza. Sempre que longe dos meus, encontrei amigos, que iluminam minha vida, me pegam pela mão e me mostram o melhor caminho, (nem que seja pra guia até a barraca, né Jessica)
Agradeço a Deus o sorriso daqueles que me cercam, sempre tornam o dia único e bem mais feliz.
A minha felicidade realmente está nas pequenas coisas... Um pôr-do-sol já é o suficiente para me levar longe, e às vezes me perco no fantástico mundo da Manu.Tenho teses, métodos e fórmulas. Mas o que realmente me move é o desconhecido, a descoberta e a espontaneidade!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Buscando ao entardecer um sonho além da cancela...


Quanta coisa nos revela uma paisagem de estrada, se a alma sabe ver e o coração sabe escutar...
(Rogério Melo)

Na paz do galpão...

A tarde cai, eu camboneio um mate
Junto ao braseiro do fogo de chão
O pai-de-fogo, puro cerne de branquilho
Queimando aos poucos na paz do galpão
O mesmo inverno coloreando o poente
Final de lida, refazendo o dia
Lá no potreiro meu baio pastando
No cinamomo um barreiro em cantoria
Por certo a tarde em outros ranchos da campanha
Por serem humildes tenham a paz que tenho aqui
Pois só quem traz sua querência dentro d'alma
Sabe guardar toda esta paz dentro de si
Encosto a cuia junto ao pé do pai-de-fogo
Chia a cambona repontando o coração
Nas horas mansas que a guitarra faz ponteio
Numa milonga pra espantar a solidão
É lento o tempo na paz do galpão
Ainda mais quando a saudade bate
As soledades vou matando aos poucos
Na parceria da guitarra e do mate
Então a noite se acomoda nos pelegos
Povoando os sonhos de ilusão e calma
Toda essa paz é um bichará pro inverno
Faz bem pro corpo e acalenta a alma.

Cesar Passarinho

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Aos Homens... (esse não podia faltar) Mais um de Arnaldo Jabor

Evite ser traído
Às amigas e amigos modernos: não deixem de ler. Para as mulheres, uma verdade! Para os homens, a realidade!Você, homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada etc...Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais "corneado".Saiba de uma coisa... Esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som.Você deve estar perguntando por que eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando à atenção já há tempos. Mas o que seria uma "mulher moderna"?A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes, mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que esteja errada e de correr prós seus braços...É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga desarrumada e linda...Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas"pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam.Hoje elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios".Ela tem de saber da sua boca o quanto você gosta dela.Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol) mais do que duas vezes por semana, três vezes então, é assinar atestado de "chifrudo").As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto, elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina".Se não for a sua meu amigo...Bem... Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso.Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens.Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos.Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.Em hipótese alguma a deixe desconfiar do fato de você estar saindo com outra.Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você... Só que o prato principal, bem... Dessa vez é a SUA mulher.Sabe aquele bonitão que você sabe que sairia com a sua mulher a qualquer hora?Bem... De repente a recíproca também pode ser verdadeira.Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... Já foi.Volte a fazer coisas do começo da relação.Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa.A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas... Senão...Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão:"Quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência".Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"...Proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber disso.Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... E vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!"Quem não se dedica, se complica.” Como diz uma amiga: MULHER NÃO TRAI APENAS SE VINGA.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Simplesmente Avô!!


Nada melhor que a família e alguns amigos reunidos em uma roda de mate enquanto o churrasco vai sendo preparado, e entre muitas conversas o vô conta alguma história que tenha acontecido há anos atrás e sempre tem aquelas famosas sobre as caçadas, eis o relato de uma delas.
Certa feita durante um inverno desses de Caçapava do Sul que como dizem é de “renguear” cusco, e o sol que já se escondia por detrás do cerro chega para a caçada Pedro e disseram-lhe olha não vai caçar lá que aquela toca é mal assombrada, mas que assombrada o que responde ele muito gauchäo pegando a primeira pá que viu pela frente enquanto se preparava para ir, Diogo e João conversavam, e João resolveu ir junto e disse para Pedro vamos sair pelo campo limpo que é mais fácil e foram Pedro e João rumo a toca mal assombrada. Chegando à toca do tatu que era grande (um buraco na horizontal que cabia uma pessoa dentro), a luz da lua refletia na boca da toca e Pedro muito macho enfiou a mão dentro da toca e sentiu que uma mão agarrara a sua com força e o puxa, fico branco e perdeu a voz, João já meio longe grita eu te disse que aqui era assombrado tchê! Pedro sai correndo e abandona tudo, Diogo sai da toca e João que não se aguentava mais de tanto rir, juntaram as coisas e foram embora e o Pedro até hoje não acredita que o lugar não é assombrado.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Papo sério, vale a pena ler e refletir...

ARTIGO PUBLICADO NO JB, DA DRª MARIA ISABEL, PROFESSORA DE PSICOLOGIA,
"O NÃO DE ELOÁ".

O que pode criar um monstro?O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada? Será que é índole?Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade?O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?
O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'.A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não.Seu desejo era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados.Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único.
Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19.Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha.Faltaram outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida.Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá.Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador converssasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.Simples assim. NÃO.
Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.
O mundo está carente de nãos.
Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças.Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ).
Pessoas têm medo de dizer não aos amigos.
Noras que não conseguem dizer não às sogras.
Chefes que não dizem não aos subordinados.
Gente que não consegue dizer não aos próprios desejos.E assim são criados alguns monstros.Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco.Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias.
Sem falar nos adolescentes.Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer:- Não, você não pode bater no seu amiguinho.Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos.Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei.Não, você não vai passar a madrugada na rua.Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação.Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos.Não, essas pessoas não são companhias pra você.Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate.Não, aqui não é lugar para você ficar.Não, você não vai faltar na escola sem estar doente.Não, essa conversa não é pra você se meter.Não, com isto você não vai brincar.Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.
Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário.
Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não.Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade.E quem ouve uns nãos de vez em quando, também aprende a dizê-los quando é preciso.Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem.O não protege, ensina e prepara.Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento.Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor.E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias

Viva o Arnaldo Jabor!!

Tenho horror a mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário?E, só pra piorar, tem a bunda dura!!!Pois então, mulheres assim são um porre.Pior: são brochantes. Sou louco?Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?a) Escova toda manhã:A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão “Alisabel”, que é legal…Burra.b) Na moda:Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar desarrumada nem enquanto estiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto…Credo.c) Sorriso incessante:Ela mora na vila dos Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipático com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás, ela nem sabe o que a palavra significa…Coitada.d) Bunda dura:As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico (isso quando não enfiam o dedo na garganta pra se livrar das 2 calorias que ingeriram), portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem H-O-R-R-O-R a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você.Cerveja?Esquece!Melhor convidar o Jorjão…Pois é, ela é um tesão. Mas não curte sexo porque desglamouriza, se veste feito um manequim de vitrine do Iguatemi, acha inadmissível você apalpar a bunda dela em público, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps.Que beleza de mulher.E você reparou naquela bunda?Meu… Deus!!!
Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa… Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira de bebedeira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema). Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade. Nem pra dela, nem pra sua!

Entre outros da Martha Medeiros, Doidas e Santas

Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar o nosso poder de sedução para encontrar the big one, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá prá ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso, temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar loura e cafetina, ou sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só se for louca de pedra.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Nem o vô aguenta a sarna...


Relatarteei...

Num dia como outro qualquer, tia Deja sai na porta da casa para ver as estrelas e observar se ia chover, enquanto admirava a bela noite estrelada, viu umas luzes estranhas, não acreditando no que estava vendo, chamou a vizinha, e esta chamou seu marido e os três estavam admirados com aquelas luzes, a tia correu e chamou o tio antes que as luzes tão bonitas e tão estranhas desaparececem, enquanto isso a vizinha sem saber o que fazer chamou seu filho para ver o que eram aquelas luzes, será que é uma nave com extraterrestres? deve ser, só pode, mas que coisa mais linda essas luzes, amanhã vai ser noticia no jornal!!!
O rapaz depois de ouvir tantas possibilidades, e para que toda a rua não fosse acordada explicou que era apenas as luzes de uma boate que ficava ali na outra rua!!